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Enviada em 15/08/2017

Fatores que afetam os resultados de exames

Conheça 12 fatores que afetam os resultados de exames e fique atento

Fatores que afetam os resultados de exames

 1. Idade: Com o passar dos anos, os órgãos deixam de trabalhar como deveriam. Os rins, para citar um caso, perdem parte da capacidade de eliminar substâncias tóxicas - daí, ureia e creatinina naturalmente aparecem mais elevadas nos exames de sangue. Mas isso, por si só, não quer dizer que a dupla filtradora mereça uma intervenção.

2. Gênero: Os limites considerados ideais para inúmeras avaliações variam de homens para mulheres. Faz sentido: não dá para esperar que o sexo feminino apresente, por exemplo, as mesmas taxas de testosterona que as dos marmanjos. "Em investigações sobre a saúde da massa muscular, os níveis esperados de algumas substâncias são menores para elas".

3. Posição: O sangue colhido enquanto estamos de pé tende a carregar mais colesterol, cálcio... Isso porque, na postura bípede, o ritmo dos batimentos cardíacos precisa ser mais rápido do que na posição sentada. "E são mecanismos hormonais, capazes de interferir nas concentrações de várias moléculas, que fazem o coração bater mais forte". Se uma pessoa deitada de repente se levanta, os níveis de água e outros elementos do líquido vermelho também ficam um pouco bagunçados. E, nos dois cenários, o exame perde confiabilidade. "Por isso recomendamos que o paciente permaneça de dez a 15 minutos em repouso antes da picada".

4. Dieta: Atualmente, ir para o laboratório de barriga vazia virou alvo de muita discussão. "Vários testes, como os que medem ureia e creatinina, não necessitariam de jejum". "Acontece que os valores de referência atuais são baseados em análises de indivíduos que não comeram nada", logo, enquanto os dados não são revistos, o melhor é seguir as recomendações dos laboratórios. Até porque há casos, como a medição da glicemia, em que o jejum continua obrigatório.

5. Fumo: O indicado é parar com as tragadas no mínimo três horas antes de colher o sangue, porque as substâncias tóxicas do cigarro provocam inflamações que alteram as taxas de partículas como o colesterol circulante. Que tal aproveitar um checkup para abandonar o vício de vez?

6. Álcool e café: Nem uma gota de cerveja, vinho ou uísque 72 horas antes de submeter seu sangue a avaliações. O álcool agride o fígado, que responde liberando doses extras de triglicérides. Também ocorrem mudanças na glicemia, porque as bebidas contêm açúcar. Já a cafeína, se ingerida em excesso, pode reduzir momentaneamente a quantidade de glicose nas artérias.

7. Remédios: Aspirina e outras drogas afetam os testes de coagulação, que predizem o risco de trombose e AVC. "Esses fármacos afinam o sangue" Se você toma um deles e tem de fazer o exame, pergunte ao médico como proceder.

8. Gestação: Checar a saúde da mãe e do bebê constantemente é imprescindível. Mas as mudanças hormonais nessa fase exigem padrões diferentes em diversos exames sanguíneos. Para ter ideia, o TSH, substância que atesta o bom funcionamento da tireoide, sofre uma queda nesse período. Mas não há com o que se preocupar. Basta seguir o acompanhamento com o obstetra.

9. Hora do dia: Se o intuito é dosar o cortisol para verificar disfunções nas glândulas suprarrenais, o período em que se realiza o exame faz toda a diferença. Afinal, o hormônio é fabricado aos montes no raiar do dia para nos despertar. "À tarde, fica difícil saber se uma aferição baixa é sinal de problema ou só consequência do horário". Aliás, as taxas de colesterol também variam ao longo do dia. 

10. Dia do mês: O tópico vale especialmente para as mulheres. A aldosterona, por exemplo, está 100% mais presente na fase pré-ovulatória do ciclo menstrual - e mensurar o excesso da substância ajuda no diagnóstico da hipertensão. A dosagem de estradiol e progesterona, que, entre outras coisas, servem como marcadores  de fertilidade, também flutua bastante durante o mês. "No primeiro dia de menstruação, há um aumento de estradiol, que atinge seu pico em cerca de duas semanas". O calendário, portanto, precisa mesmo ser levado em conta.

11. Período do ano: Pode acreditar: no inverno, os níveis de colesterol estão mais elevados do que no verão. Os triglicérides também chegam a subir 2,5%.  Isso pode ser resultado de mudanças alimentares, já que nessa época o consumo de comidas gordurosas aumenta. Por outro lado, no verão os níveis de vitamina D são mais altos devido à maior incidência de raios solares e à tendência de sairmos de casa para fazer programas ao ar livre.

12. Atividade física: Os exercícios alteram a concentração de diversas moléculas no sangue. O ácido úrico, um sinalizador de gota e insuficiência renal, e o ferro, cujo déficit acusa a anemia, são algumas delas. De quebra, praticar um esporte diminui a quantidade de glicose circulante, sabotando exames que flagram o diabete e acompanham sua evolução. Por isso, o ideal é não suar a camisa antes de visitar o laboratório. "Até quando o paciente chega a pé recomendamos que permaneça de cinco a dez minutos em repouso".

 
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